CIMENTO QUEIMADO OU TECNOCIMENTO NO DÉCOR?
Arquitetas do JMA Estúdio respondem as principais diferenças, vantagens e desvantagens dos materiais
Ambos os materiais trazem um resultado moderno e cheio de personalidade para os ambientes
Projeto JMA Estúdio – Foto: Mariana Orsi
Responsável por deixar os ambientes com uma atmosfera rústica e industrial, o cimento queimado é uma opção de baixo custo comparado ao de outros revestimentos com aparência similar disponíveis no mercado. Além de ser muito estiloso, o efeito do acabamento é muito versátil e pode ser aplicado tanto no piso, como nas paredes.
No formato clássico, a preparação do cimento queimado resulta em um processo que leva algumas horas para ser finalizado. Para quem prefere um material que apresente a mesma aparência e um processo mais rápido, o mercado dispõe do tecnocimento, que adere em quase todos os tipos de superfícies e seca super rápido.
Para ajudar a escolher qual o material que mais combina com as suas expectativas, as arquitetas Bianca Atalla, Elisa Ju e Fernanda Mendonça, do escritório JMA Estúdio, reuniram as principais informações sobre o assunto. Acompanhe:
Qual a diferença entre o cimento queimado e o tecnocimento?
Projeto JMA Estúdio – Foto: Mariana Orsi
O cimento queimado nada mais é do uma mistura feita de cimento, areia e água. O piso, feito a partir dessa argamassa, deve ser aplicado com uma espessura de 30 mm sobre o contrapiso ou sobre uma base sólida de concreto áspero.
Já o tecnocimento é composto por uma base de cimentos especiais e pó de limestone, mármore e quartzo, além de aditivos de performance. Sua aplicação deve ser feita com uma massa corrida, com o uso de uma desempenadeira de aço.
Todavia, a arquiteta Fernanda Mendonça ressalta a importância de contratar mão de obra especializada para a aplicação dos dois sistemas. “O conhecimento sobre as técnicas de aplicação garante uma melhor solução para problemas inesperados como rachaduras ou uma menor durabilidade”, explica.
Vantagens x Desvantagens
Projeto JMA Estúdio – Foto: Mariana Orsi
Com um baixo custo de material, o cimento queimado, além de trazer ares contemporâneos para o ambiente, é perfeito para o alívio térmico.
O revestimento não possui juntas, como um porcelanato, porém pode facilmente rachar e craquelar quando submetido a diferentes temperaturas. Além disso, requer a aplicação de impermeabilizantes como forma de evitar porosidade e desgastes, além do verniz, que assegura um aspecto mais brilhoso.
O tecnocimento tem uma secagem rápida e adere em praticamente todo o tipo de superfície. É resistente a água e tem como variável o acabamento antiderrapante. Mas, também pode variar na cor e, com o tempo, pode abrir rachaduras se não bem aplicado. “O tecnocimento também pode compor paredes e forros em quases todos os ambientes da residência, com excessão daqueles com exposição frequente à umidade. Adoramos a experiência da utilização nos projetos que executamos”, ressalta Elisa. Ela ainda conta que o material possui um grande leque de cores disponíveis.
Existe um estilo de decoração que combine mais com esse revestimento?
Projeto JMA Estúdio – Foto: Mariana Orsi
É comum encontrar o efeito cimento queimado em projetos com décor estilo industrial, porém segundo a arquiteta Bianca Atalla, é possível mesclar alguns estilos para se ter o que deseja. Para ela, tudo depende do equilíbrio e não existe uma regra definida, além do bom senso. “Se o morador não gosta de um revestimento com diferença de cor ou aquele aspecto de trincas naturais, é melhor não optar pelo cimento queimado”, aconselha.
Arquitetas: Bianca Atalla, Elisa Ju e Fernanda Mendonça
Tel.: (11) 97178 2643 / (11) 99657 9979
@jmaestudio